Você sabia que nosso organismo possui em média 37 trilhões de microrganismos entre bactérias, fungos, parasitas e vírus e que eles possuem um papel essencial no funcionamento da nossa saúde?
Aproximadamente 95% do microbioma (bactérias, vírus, parasitas e fungos) do corpo humano estão localizados no intestino. Em um estado homeostático, ou seja, de normalidade biológica, essa população altamente diversificada de microbiota promove a saúde geral.
No entanto, no caso de o intestino atingir um estado de disbiose (alteração do seu equilíbrio), uma variedade de doenças podem se desencadear, dentre elas, a diabetes do tipo 2 e as inflamações intestinais.
O que regula a saúde do nosso microbioma está relacionado diretamente com o que comemos e bebemos. Portanto, fazer escolhas inteligentes nos ajudam a manter nosso sistema imunológico fortalecido, garantindo as barreiras contra as doenças e outros problemas de saúde.
Continue a leitura para entender quais são os impactos de um microbioma fragilizado e a sua relação com algumas doenças, como o Alzheimer, a doença de Parkinson e a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA).
Muitas vezes, os termos se confundem ou são usados erroneamente pelas pessoas como sinônimos. A microbiota refere-se a uma coleção de microrganismos únicos (bactérias, fungos e vírus) que habitam um ecossistema particular.
É como se você tirasse uma foto de determinada região do organismo com uma concentração deles, essa é a microbiota.
Já o microbioma humano é todo o conjunto desses microrganismos que habitam o corpo, espalhados pela pele, cabelo, cavidade oral, vias aéreas, trato gastrointestinal e urogenital de uma pessoa.
Sendo assim, para que o microbioma se desenvolva de forma saudável a microbiota precisa estar íntegra e funcionando normalmente.
A microbiota possui função essencial na regulação do nosso metabolismo. Ela funciona como um biofilme protetor, bloqueando a dissipação de bactérias patogênicas no nosso organismo. Desta forma, o microbioma fica protegido e continua atuando nas nossas defesas.
Ela é também responsável por manter nosso organismo em homeostase, auxiliando em processos digestivos, na absorção de alimentos e no funcionamento do metabolismo.
Desta forma, fatores externos, como o aumento nos níveis de estresse e o consumo irregular de alimentos podem desencadear o desenvolvimento de populações patogênicas oportunistas.
A microbiota saudável garante que o microbioma se desenvolva de forma natural. Conforme já explicamos, ela é um importante balizador de regulação imunológica. Confira alguns benefícios de mantê-la normal:
A microbiota sofre alterações constantes durante a nossa vida. Os fatores que influenciam no seu estabelecimento são: dieta, genética, metabolismo, condições ambientes, hábitos de higiene e a idade.
Portanto, as mudanças na alimentação diária, o consumo crônico de álcool, o estresse e o uso de antibióticos, podem desencadear alterações na microbiota. Efeitos que induzem à inflamação e aumentam a permeabilidade intestinal.
Além disso, uma revisão sistemática recente apontou que o consumo de uma dieta ocidental, a resistência à insulina, as dislipidemias, a hiperglicemia e níveis elevados de marcadores pró inflamatórios, estão entre os principais fatores que podem alterar a integridade do intestino.
Recentemente, a disbiose microbiana intestinal tem sido associada a várias patologias cerebrais, incluindo a doença de Alzheimer, o Parkinson e a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), sugerindo que há uma comunicação direta ou indireta entre as bactérias intestinais e o sistema nervoso central.
Quando a inflamação intestinal se torna crônica, a integridade da barreira epitelial é alterada, deixando o “intestino permeável”, ou seja, surgem pequenas lacunas na parede intestinal. Esse efeito pode permitir que toxinas entrem na corrente sanguínea e causem respostas inflamatórias e autoimunes.
A doença de Crohn e a colite ulcerativa, coletivamente chamadas de doenças inflamatórias intestinais (DIIs), são condições imunomediadas, caracterizadas por uma inflamação crônica do intestino. Alguns estudos sugerem que o aumento da permeabilidade intestinal desempenha um papel central na patogênese das DIIs.
Leia também: Entenda como restauramos seu microbioma!
Fazer boas escolhas diariamente nos ajudam a manter a nossa saúde íntegra. Além da hidratação adequada, os hábitos alimentares a seguir são cruciais para preservar a saúde do seu microbioma intestinal. Confira:
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