Adaptógenos são plantas definidas como “uma classe de reguladores metabólicos que aumentam a capacidade de um organismo de se adaptar aos fatores ambientais e evitar os danos”, essencialmente aumentando a adaptabilidade e a sobrevivência da pessoa submetida ao estresse.
De uso milenar, esses tônicos superiores, como também são conhecidos, são bastante utilizados pela Medicina Ayurvédica e Medicina Tradicional Chinesa. Os adaptógenos auxiliam na regulação de diversas funções biológicas, aumentando a sensação de bem estar.
Atualmente, o uso de plantas e fitoterápicos manipulados à base de adaptógenos se popularizaram nas sociedades ocidentais, especialmente, entre profissionais da medicina funcional.
Neste artigo, vamos te explicar como os adaptógenos se popularizaram e por que você deve se beneficiar deles.
Em 1968, o renomado farmacologista russo, Israel Brekhman, definiu três critérios para caracterizar uma planta adaptógena. São eles:
Já em 1969, foram publicados os primeiros estudos sobre os adaptógenos em revistas científicas internacionais fora da União Soviética. A partir daí, até meados dos anos 80, mais de mil estudos russos foram publicados. Nos anos subsequentes, os adaptógenos ganharam força e começaram a ser estudados por pesquisadores de diversos países.
Atualmente, o que se sabe é que as substâncias adaptogênicas podem auxiliar na regulação do nosso sistema imunológico, no humor e na sensação de bem estar.
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Suas ações melhoram a adaptabilidade do corpo, aumentando o limiar de resistência aos efeitos prejudiciais do estresse – em parte por apoiar a atividade das glândulas supra-renais. Desta maneira, alguns sintomas podem ser amenizados. São eles:
Apesar de os adaptógenos ainda apresentarem algumas lacunas na literatura em relação a sua eficácia, muitos estudos já demonstraram os efeitos positivos dos mesmos em resposta ao estresse.
Além disso, outros benefícios já foram evidenciados, como a melhora da atenção, o equilíbrio nos níveis hormonais, o auxílio no combate à fadiga, aumento da resistência física e a elevação nos níveis de energia.
Ainda, algumas pesquisas sugerem que os adaptógenos podem melhorar a função dos órgãos, como o fígado e as glândulas supra-renais, assim como auxiliar na função do sistema gastrointestinal.
As ervas adaptogênicas possuem fitoquímicos que interagem com nossos sistemas (nervoso, endócrino e imunológico), contribuindo para melhorar a resposta geral do corpo ao estresse.
Sendo assim, essas plantas promovem efeitos benéficos a longo prazo e podem complementar os tratamentos médicos. No entanto, não dispensam o uso de medicamentos, uma vez que são terapias complementares.
Confira algumas das plantas adaptógenas que ajudam a aliviar os sintomas do estresse:
Ashwagandha (Withania somnifera): esta é uma das plantas mais referenciadas entre os adaptógenos. Ela possui propriedades rejuvenescedoras, são eficazes na redução da ansiedade, e tem efeitos neuroprotetores e antinflamatórios. É bastante utilizada também para aliviar dores e inflamações.
Raiz dourada (Rhodiola rosea): é uma planta que pode ajudar na regulação dos níveis de cortisol, efeito que auxilia na redução da fadiga, ansiedade e estresse. É também eficiente para a função cognitiva e para o humor.
Eleuthero (Eleutherococcus senticosus): também conhecida como ginseng siberiano, a planta ajuda a reduzir e recuperar o estresse agudo. Ajuda também na diminuição da fadiga e funciona como regulador do açúcar no sangue.
Os estudos mais atuais contribuíram significativamente para a compreensão da sinalização de resposta adaptativa ao estresse e mecanismos moleculares de ação de plantas adaptogênicas.
Eles sugerem que os adaptógenos são capazes de afetar um grande número de genes que desempenham papéis importantes na modulação da homeostase adaptativa.
Dessa forma, aponta-se a sua capacidade de modificar a expressão genética para prevenir distúrbios induzidos por estresse e relacionados ao envelhecimento, como inflamação crônica, saúde cardiovascular, comprometimento neurodegenerativo, distúrbios metabólicos e câncer.
Muitos desses genes têm várias funções nas células, mas uma clara maioria desempenha papéis importantes no complexo imunológico neuroendócrino que regula o estresse, o envelhecimento, os sistemas circulatório e digestivo.
Portanto, os adaptógenos podem afetar a expressão gênica de neuro-hormônios a montante do eixo HPA e hipotálamo-hipófise-gonadal, que desempenham papéis importantes na regulação da homeostase e várias funções fisiológicas associadas à resposta de defesa induzida por estresse e até mesmo no estado reprodutivo.
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